É Domingo.
Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a Procissão.
Mesmo na frente, marchando a compasso,
De fardas novas, vem o solidó.
Quando o regente lhe acena com o braço,
Logo o trombone faz popó, popó.
Olha os bombeiros, tão bem alinhados!
Que se houver fogo vai tudo num fole.
Trazem ao ombro brilhantes machados,
E os capacetes rebrilham ao sol.
Olha os irmãos da nossa confraria!
Muito solenes nas opas vermelhas!
Ninguém supôs que nesta aldeia havia
Tantos Bigodes e Tais sobrancelhas!
Ai, que bonitos que vão os anjinhos!
Com que cuidado os vestiram em casa!
Um deles leva a coroa de espinhos.
E o mais pequeno perdeu uma asa!
Pelas janelas, as mães e as filhas
As colchas ricas, formado troféu.
E os lindos rostos, por trás das mantilhas,
Parecem anjos que vieram dos Céu!
Com o calor, o prior vai aflito
E o povo ajoelha ao passar o andor
Não na aldeia nada mais bonito
Que estes passeios de Nosso Senhor!
Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Já passou a Procissão. (António Lopes Ribeiro)
Comecei o "post" de hoje com o princípio desta poesia que adoro ouvir na boca de João Vilaret ou, em versão mais recente, de Vítor de Sousa!
Andei à procura o texto na sua totalidade até que encontrei. Hesitei em pôr este texto aqui ... mas ... aqui está!
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The bells toll in the church tower... It's Sunday!
The poem above has much of what life in the countryside still has in this country.
Church processions with every villager taking active part it and the profane celebrations after them